segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O VERSO.

O VERSO ESTÁ DO AVESSO.
NÃO É O QUE DEVERIA.
MAS AINDA É O MESMO.

CONTRÁRIO.

O tempo todo, todo o tempo...
movendo, parado, ainda assim movendo.
O vento chovendo, a chuva ventando,
tudo andando, parado e andando.
A confusão, sensata.
A sensatez, confusa.
Tudo rodando em retas,
espiralando, em curvas.
Cantando músicas
em silêncios mudos.
O escuro, claro...
o claro, turvo.
Contra, tempo.
A favor do tempo:
o contratempo.
O tempo todo, todo o tempo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

PORTA ARROMBADA.

Meu peito parece rasgado
E eu sinto quando cada pedaço cai no chão.
Uma porta arrombada,
Sem segunda chance.
Trincada no meio,
Como um romance.
Falo com o nada
E o eco me engana por alguns instantes...
Mas a cada segundo percebo,
Que a voz que um dia ouvi,
Se faz cada vez mais distante.
Você foi embora.
Simplesmente.
E finge que volta.
Banalmente.
Não percebe que a sua falta
Faz um rombo em mim.
Arranca minha alma
Já mais descrente que o fim.,
Talvez o que termine em mim,
Comece em você.
Ou vice e versa,
Vai saber.
Só sei que nada é o mesmo.
Nada é igual...
Tudo é menos intenso,
Quem me dera o carnaval.
Passou,
Acabou.
Não da mesma maneira.
Seu mundo parou
E o meu, continua na beira.
Não da mais.
Seria lindo.
Teria sido...
Mas não dá.
Acabou. Acabou. Acabou...
Finito.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

VeeeeeeeeeNDAVAL.

Quando o vendaval está forte, o melhor é se esforçar para ficar parado?
Ou desistir, e se entregar ao vento?

sábado, 31 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ACERTANDO OS PONTEIROS

A insatisfação é quase uma necessidade fisiológica do ser humano, que vive em uma sociedade.
É a dificuldade de se viver no PRESENTE. Sempre um segundo atrás ou a frente.
Creio que o diagnóstico para esse problema seria:
DEFICIÊNCIA NO RELÓGIO BIOLÓGICO.
Alguém conhece um bom relojoeiro?

Também são as EXPECTATIVAS. Elas nos levam a comparar o presente com o passado e a menosprezá-lo em relação ao futuro.
As EXPECTATIVAS estão diretamente associadas com as frustrações. Sempre que esperamos algo, estamos sujeitos a esse algo e por consequência, sem controle de nós mesmos.
E ai os SENTIDOS. Ahhh esses sentidos, sempre prontos pra degustar na nossa vunerabilidade... abocanham nossos sentimentos, nos deixando sozinhos no desejo já esquecido.
E os DESEJOS. Começamos querendo uma coisa que nem precisamos tanto e nos vemos precisando mais da necessidade de ter a coisa, do que da coisa em si.
E quando a temos, não a queremos mais.
Enfim, não digo que essa INSATISFAÇÃO seja de toda má.
É aquela coisa, não é por mal, mas também não é por bem.
Tudo é impulso.
Destrinchado, analisado. Seus vetores, caminhos e forças.
O impulso cego cega mais ainda.
O impulso sábio comanda a visão do futuro, simplesmente estando no PRESENTE.

O IMPULSO que convence o DESEJO a controlar os SENTIDOS a não fomentar EXPECTATIVAS conserta o RELOGIO BIOLÓGICO.

Ótimo relojoeiro esse, assim que tiver o endereço, eu passo pra frente.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

The end.

Por um impulso, você solta a corda.
E o colar de toda a história se desmantela.
Gota por gota,
Pedra por pedra,
fecho por fecho.
E a dor da perda se perde em desespero.
Uma dor aguda de não poder voltar.
O fim.
E nenhuma promessa adiantará.
A vida é frágil.
E como um colar de contas.
Não conta mais.

fome

PREFIRO O PESO NA CONSCIÊNCIA DO QUE O VAZIO NO ESTÔMAGO.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESPELHO ESPELHO MEU

Espelho invisível que só eu vejo e em um lampejo me relembra quem sou.
Horas traz alivio, horas traz dor.
Confrontando os lados que em meu circulo há.
Só faz girar, girar, girar, girar.

Me encara espelho.
Fala na cara, me diz a verdade que eu não quero escutar.
Fala que é tarde pra nascer de novo,
mas que nunca é cedo pra deixar de tentar.

Abre a porta, deixa entrar a luz.
Eu fecho os olhos, mas ela me conduz.
Pra onde o claro não foge do escuro.
O simples não é absurdo
e todo mundo sabe amar.

Espelho invisível que me surpreende,
vira e mexe, me tenta e me entende
que eu sou mais do que fui.
E menos do que serei.
Sou água limpa que flui
no mesmo rio em que congelei.

Quem é você espelho?
Se não um enviado de Deus.
Se coloque no seu lugar
e me faça ver o meu.

Somos um, somos dois, jamais três.
Fica comigo espelho,
e quando eu desistir,
tente outra vez.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

DEAD LINE.

Todo um fundo musical.
As batidas fortes no peito.
Coração que quer saltar,
encontrar as têmporas que também palpitam.

Os pensamentos dobram esquinas à uma velocidade absurda.
Tudo acontece, nada muda.

O sangue borbulha de tão quente.
Cadê a pausa, ausente?
O tempo não passa, tortura.
Voa, te esfrega os prazos.
Tic tac, tic tac.
Alegria não dura.

Perduro.
Ando em mim mesma, correndo,
pisoteando espasmos.
Andando em linha reta, apesar das curvas.
Segura.
Possua, pose, resolva.
Faço tudo sorrindo.
Gritando em silêncio.

Contra o tempo, não há prós.
Sem alento.
Estamos sós.
Sobe, desce,
dança das ondas cardíacas.
Até que a Dead Line nos separe.
Amém.

PPPPPPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII...........

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Taxistas (TAXI 1)

Durante o meu ensaio nessa quarta, no Rio Comprido, tentaram arrombar a porta do meu carro, mas graças a Deus, sem perdas maiores do que a maçaneta, graças ao alarme.
Devido a isso, me vi ontem tendo que andar de Taxi pelo Rio de Janeiro, por destino, para o mesmo destino: Rio Comprido.

Antes das aventuras, uma nota sobre a desventura.
Sempre me avisaram dos perigos desse Bairro, outrora um bairro nobre, agora, aparentemente jogado as margens de um córrego escuro, que só não é a céu aberto, por causa da ponte que o cobre.
Concordei em não ensaiar a noite, porque seria de fato, dar sorte ao azar.
Mas me recusei a acreditar que em pleno meio-dia, literalmente, em uma Avenida movimentada, meu carro correria perigo.
Inocência de mineira, provavelmente. Pelo menos já descobri um estacionamento próximo, o que me aliviou a aflição de gastar com os taxímetros.
Enfim, carro deixado na oficina, tive que contar com os Amarelinhos para ir ensaiar ontem.

Foram dois durante meu dia. Um de ida e um de volta.

O de ida.
Seu Sávio. 54 anos de idade, pai, avô, separado e casado novamente, frequentador de um tradicional boteco do Leblon, não abre mão de seu choppinho diário. Depois de deixar o taxi em casa, claro.
Morou a vida inteira no Leblon. E enquanto passávamos pelas ruas do bairro, tentando cortar caminho para a praia, ia me contando aonde era o que, há 40 anos atrás. Com um ar saudoso e um pouco revoltado. Afinal, uma das alegrias de quem já curtiu um bom tempo de vida é a frase: "antigamente era muito melhor de se viver".
Eu particularmente espero dizer o contrário daqui ha uns anos.
Torçamos e voltemos à Seu Sávio.
Esse papo todo e ele ainda não tinha ligado o taxímetro. Eu que vi e o avisei. Mas tudo bem, tinham sido apenas algumas quadras, muito papo e pouco prejuízo. Seu Sávio, um pouco gago, quando se desvencilha dos "cacacacaqueque" dispara a falar em uma agilidade absurda e com uma dicção quase impecável.

Eis que ele, no meio da história de um pequeno clube que se localizava ainda no Leblon, diminui consideravelmente a velocidade do carro, encosta a cabecinha no volante e emocionado me diz:

"Foi aqui que eu conheci a minha primeira namorada, a Elza. A gente tinha 16 anos. Ah, "como era bom viver antigamente". A gente passeava até Copacabana a pé e as 2 da manhã ficávamos esperando o ônibus pra voltar pra cá, sem preocupação nenhuma".

Lindo... nostálgico. Eu já estava imaginando dois jovens (imagem em preto e branco, claro) sentados na calçada, dividindo... enfim, alguma guloseima da época, com toda a candura e cordialidade de então, até que ele solta essa:

"Acredita que eu encontrei a Elza no Orkut? E depois a gente se encontrou pessoalmente".

Para tudo!

Antes que eu pudesse curtir a minha alegria de pensar em quão fantástico era esse reencontro o qual em outra época ("antigamente" principalmente) seria quase impossível, Seu Sávio me solta:

"Tá gorda pra Cace.... Horrorosa! Nada a ver com as fotos do Orkut! Como que pode!? É "Photoshopping" né? Igual que usa nas Playboy? Meu Deus, aquele corpinho, thuchuquento dos 16 anos, triplicou!
Ela tá casada, também já é avó.
Fazer o que né? Já que encontramos né? Fiiiifififififififififififiiiiiiiiiiiiiiizzzz a gordinha feliz e matei a curiosidade. Tava ali mesmo... e porque você sabe né?
Naquele tempo, era segurar a mãozinha e olhe lá.
Mas eu ainda não tava casado, então pra mim não foi traição. Ela até quis largar o marido, mas veja lá se eu tenho vocação pra tamanho GG.
Depois de um tempo conheci minha esposa, e to com ela desde Dezembro.
Ah, conheci ela sabe aonde?
Na internet!" ...

É, acho que pro Seu Sávio, antigamente não era melhor de viver coisa nenhuma.

Obs: Os nomes do motorista e sua namorada foram alterados. Vai saber né? Do jeito que Seu Sávio e suas mulheres são com a internet. Estou evitando problema.

Um canto pra existir.

Eu canto pra ouvir a minha voz.
Gosto de seu som, me lembrando quem sou.
Ao pé dos ouvidos refletores.
Dos olhares desafiadores.
Das bocas seguidoras.
E até das que não sorriem.

Eu canto pra espantar a tristeza.
Aquele aperto no peito na hora do silêncio.
Aquela saudade guardada que aparece nas multidões.

Eu canto porque sei que sou feliz.
E por que sei que também sou triste.
Canto pra escolher o melhor em mim.
Canto pra extravasar o que nem eu sei.
Até que coloque pra fora.

E as vezes eu canto como que assoviando.
Assim, como quem não quer nada.
E mesmo nessas horas é ele que me anuncia.

Eu canto em gotas.
Eu canto em dentes.
Eu canto em noites.
Também nas ardentes.

Eu canto porque existo.
E existo porque canto.
E enquanto estiver canto nesse mundo.
Estarei eu em qualquer canto,
cantando e existindo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Cai e tanto...

Cenário:
Em uma festa.
Música.
Sons.
Olhos.
Olhares.
Expectativa.
Ele chega.
Ele a toca.
Ele sorri.
Ele vai falar.
Corta cena.
Várias opções.
Você responde algo inteligente.
Você faz um convite inteligente.
Você dá um sorriso em câmera lenta,
enquanto seu cabelo roça no ombro dele.
Pensa, pensa algo, pensa algo, pensa algo!

Rodou câmera, ação.

"Tudo bem"?
"Tudo bem".
Sorrisos.
Silêncio.
Fala algo, fala algo, fala algo pelo amor de Deus.
Ele sai.
Fade out.
Sobe letreiro.
Créditos:
Nenhum.

E deixa o tempo trazer a continuação.

Espairecendo:

Olhando ao redor pra não ver em linha reta.

Persuadindo:

Tem gente que fala com tanta convicção o que não sabe, que faz a gente duvidar do que sabe.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

De amor.

Eu queria te segurar dentro de mim.
Pelo menos mais um pouco.
Te amarrar nas minhas lembranças,
Te prender nos meus esboços.
Pintar o nosso futuro,
Te desenhar sem tempo pra terminar,
Cantar a sua música, sem hora, sem lugar.
Não dá pra ler no escuro,
Nem pra ouvir filme mudo,
E nem te ter de longe.
Pra onde estamos indo?
Se não estamos juntos, pra lugar nenhum que importe.
Então se importe.
Pra dentro de mim, que seja
Se não era pra ser pra sempre, porque que começou?
Eu não ligo de sentir frio, se for pra te dar calor.
Nem de ser seu amigo, se você for o meu amor.
E eu te seguro pela mão
E te levo pra um lugar seguro.
Aonde você não sinta mais medo
E eu me sinta tudo.
Seu tudo.
Sem nada em troca.

domingo, 9 de agosto de 2009

C A S A

A casa.
A casa da gente.
É um lugar?
Uma cidade?
Uma casa?
Uma pessoa?
Uma família?
Aonde me encontro, me sinto eu, me sinto viva e feliz por assim estar.
Aonde me deito sem medos, sonho gostoso e sorrio antes mesmo de acordar.
A sensação de saber aonde está cada coisa que importa.
O cheiro familiar.
A cama que é minha.
A casa.
Está no passado?
No presente, ou no futuro?
É uma sensação, ou uma mão marcada no muro?
Aonde estão meus retratos,
ou aonde a maioria deles foi tirada?
Minha casa, que guarda a minha alma, com tanto carinho.
E me relembra sempre sorrindo, o meu lugar no mundo.
A TV, os pés pro alto.
A comida, a falta dela.
Os bilhetes e marcas.
Um abraço, um caminho.
Um latido, um cantinho.
A minha casa fica,eu estou sempre;
Indo e vindo.

PONTAS DUPLAS

Tenho que cortar os cabelos.
Minhas pontas estão se divorciando.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

lembrando...

O frio que o tempo trás se aquece nas lembranças "dilátráis"...

Licença aos Orixás

O sol que bate na janela já vem com o barulho do mar...
Quem vem lá?
Quem vem lá?
É Iemanjá vindo me avisar
Que Oxum chegou, pra ensinar a amar.
Oxumaré com as sete cores, vai colorir nosso rosto
Nossa alma vai ser guerreira.
Seu orgulho vai ser exposto.
Iãnsa, vai ventar pra longe todos os medos,
Protegendo o presente, do tempo.
Xangô vai gritar dos céus
E seus trovões incitarão a coragem.
Oxóssi nunca se descuidará do pão,
Alimentar o corpo também é preciso.
Obá, pai da liberdade nos fará amigos e
Oxalá com sua espada, apontará o caminho da paz.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

AAAARTEEEE!!!! Saúde.

Eu amo a arte.
Eu faço parte da arte.
A arte faz parte de mim.
Nada me define mais do que as minhas vocações.
Que são muitas.
Melhor assim.
Eu sei o que gosto de fazer.
Faria até de graça, o que vier é lucro.
Mas quem não quer lucro?
Ou pelo menos sobreviver do que ama?
Eu sei porque viver.
E procuro os "comos".
E mesmo quando me faltarem motivos comuns.
Eu terei os meus.
imersos em cada parte do meu corpo.

MINEIROCA

A minha cidade tem um Belo Horizonte, mas o Rio tem a cidade inteira, maravilhosa!

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PROCURA-SE:

PALAVRAS,

ESTOU SEM.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

PINTANDO

De olhos fechados vejo tudo. Faço de vultos e luzes minha palheta de cores e pinto a minha vida, como deveria ser.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Os melhores dias não deveriam ver a lua.

Os melhores dias começam como um dia normal. Você acorda esperando pela noite, mas não consegue dormir querendo viver pra sempre. Uma sensação de que não dará tempo de ser tão feliz.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ÁGUA, AZUL E ALMA

Quero mergulhar no mar,
escutar as ondas batendo na minha alma
e lavando tudo o que não sou eu.
Leve, água, sal, todos os intrusos em minha mente.
Deixe apenas o meu coração falar.
Ele canta pras sereias, ele canta pra Iemanjá.
Sinto em meus pés cada grão de areia.
Me levando pro fundo do mar.
E imersa no silêncio das ondas.
Eu escuto apenas meu coração cantar.
Sou mar, sou água, me fundo ao azul.
Sou tudo o que realmente sou.
Leste, oeste, norte e sul.

REVOLTA À SAUDADE.

SAUDADE É O AMOR QUE FICA.
ACENDE A LEMBRANÇA E A MANTÉM VIVA.
UM BRINDE À FRACA MEMÓRIA, QUE NUNCA SE LAMENTA,
NUNCA SE ARREPENDE.
NUNCA SE IRRITA.

domingo, 31 de maio de 2009

AMOR, COMEÇO SEM FIM.

Eu me encontrei no seu amor.
Dando vazão às minhas loucuras,
À minha insensatez.
Ao meu bem mais bem e ao meu mal mais mal.
E tudo aquilo que eu controlava,
Ou pelo menos isso eu achava,
Eu descontrolei.
Entreguei ao mundo,
O que nunca foi meu.
Eu ri, chorei, me desmaterializei.
Perdida em você,
Me encontrei.
Meus sonhos, minha força, minha vida.
Tudo meu, mas nada comigo.
Tudo ao vento, livre.
Mas preso aqui dentro só de vez em quando.
Sem horário pra chegar, pra sentir.
Avassalador a cada segundo.
Engraçado...
Eu nem vi chegando.
Mas quando vi, nem eu estava aqui mais.
Um movimento intenso, completo,
Infinito em sua finitude.
Amor.
Amo.
Mais do que cabe em mim.
Por isso transbordo,
Tudo, nada.
Num começo sem fim.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Luz

Quando eu fecho os olhos, enxergo tudo.
Porque dou mais valor à luz quando estou no escuro?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Por ontem, por hoje, por amanhã. E assim repito todos os dias.

Cantando eu ofereço de mim, o que nem sabia ter.
Mas recebo de formas sortidas,
olhares, palmas refletidas, que nem eu saberia dizer.
Almas amigas, novas e antigas,
que me alimentam despercebidas,
como a noite à aurora,
como a chuva à terra seca.
Ah meu ser! O que será que seja,
serei sempre assim.
Cantando, em cada canto meu,
até o meu fim...
(Marcella Fogaça)
Ps: Para todos vocês.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

I N T I M I D A D E

INTIMIDADE...
SINCERIDADE DESNUDA. INUSITADA. PACIENTE. CORAJOSA. MISERICORDIOSA.
UM CHORO ESCONDIDO NO RISO.
UM RISO ESCONDIDO NO CHORO.
MAS TUDO VISÍVEL.
TEATRO. MAS SEM COXIAS E CORTINAS.
INTIMIDADE.
RESPEITAR O INTIMO QUANDO ESTE SE FAZ EXTERNO.
E PRINCIPALMENTE, SEU REPOUSO, SUA PREGUIÇA, SUA TIMIDEZ.

ESPAÇO.

NATURALIDADE.
ATÉ NO QUE É ARTICIFICIAL.
MAIS UMA VEZ,
TEATRO, MAS SEM COXIAS E CORTINAS.
TUDO A VISTA,
MESMO QUE A PRAZO.
PRETO NO BRANCO,
MESMO QUE COLORIDO.

íntimo. Sem intimação alguma.

domingo, 26 de abril de 2009

Control

Não que eu me arrependa de nada, mas um "control z" na minha vida viria a calhar.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Sensação

O amor não é uma lembrança constante, mas surtos de completude que nos invade a todo instante.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

segunda-feira, 23 de março de 2009

O DIA

O DIA ESTAVA COM UM TOM CINZA CHUMBO, ENSOLARADO AS VEZES POR ENTRE AS NUVENS.
COMO UM CINZEIRO, CHEIO DE CINZAS, COM BRASAS AINDA ACESAS PASSEANDO POR ELAS.
e
u
n
a
o
v
o
u
f
a
l
a
r
nada q u e não t e n h a sentido a l g um ......................................................... a penas i sso.

terça-feira, 10 de março de 2009

A TINTA

A tinta está descascando na parede.
E por trás, várias camadas respiram.
O ar não chega no concreto.
Mas ele não está morto, acredite.
Apenas repousa imóvel.
Fiel a sua natureza.
Suportando o tempo, os pilares.
Esperando o mundo ter certeza.
Escutando o passar do tempo,
ele mata sua sede.
A tinta está descascando,
mas mesmo assim, o concreto será parede.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Até a hora de voltar

Não me esqueça, sem antes anotar aonde me guardou.
Não anote aonde o tempo possa apagar.
Eu fiz as pazes com o tempo, pra ele te tratar bem.
Guardar seu caminho logo ali, pra cruzar de novo com o meu.
Jogo pedras pelo caminho, pra marcar a volta.
Não sei se vou voltar, mas você sempre achará as pedras.
Ando olhando pra frente, mas pisando forte pra deixar pegadas.
Não sei se vou precisar delas, mas talvez você as ache.
Se for pro seu bem...
complemento o endereço.
Te mando um pombo correio,
pra pousar no seu coração.
E esculpir na sua alma, uma anotação.

SUCESSO

TALENTO É A CORAGEM DE TER ESPERANÇA

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Des- pedida. Pedido.

Que o frio na espinha não seja apenas uma impressão de um momento que vai passar.
Que o que passou não fique apenas na lembrança, mas na esperança de um flash back próximo.
Que a mão que antes, firme segurava, agora acene um até logo e não um adeus.
Que a pessoa amada, seja sempre amada, mesmo que o amor não seja meu.
Que nada acabe, mas se transforme, em coisas que eu poderia guardar.
E que se não guarde, seja porque não quero e nunca porque não cabe.
Que o tudo possa às vezes, ser nada. E que o nada, nunca seja à toa.
Que seja brisa, leve a soprar uma ausência pra longe, uma presença pra dentro.
Que o beijo sempre venha com os olhos fechados
e a respiração seja ofegante, mas sem faltar o ar.
Que o corpo fique junto sem colar
mas se colar, que seja até o amanhecer.
Que o cabelo que se confundia ao meu, deixe o cheiro no travesseiro,
e que ao sair, apague a luz, mas não me deixe no breu.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Xeque-mate, cale-se mente.

Toco o que está na minha frente.
Mas não seguro apenas o que cabe em minhas mãos.
O que carrego pulsa, se expandindo em todas as direções.
A cada passo acelera a batida.
A cada batida acelero o passo.
Compasso ritmado pelo toque.
Toco tudo, não troco nada.
Não quero troco.
Não espero nada.
Apenas pulso,
movimentando o avulso.
Solta em uma turbulência de pensamentos.
Pensando em uma turbulência de coisas e acasos.
Caso o que me faz bem a vista, o feio descaso.
Não quero descartes, mas tenho cartas a mais.
Não peço truco, meia não me satisfaz.
Insossa insatisfação,
que excita, expulsa, atrai toda ilusão.
Xeque-mate pro pensamento,
uma hora a morte vem.
E no silêncio dos arrependimentos,
não me arrependo de nada que me faça bem.
Sou assim mesmo.
Instintos,sentidos, sentindo o além.
Assim seja, amém.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

AnotaçÃo

A contradição faz parte da busca. Se a gente não duvída do caminho, a gente acha que já chegou

Meu pensamento de agorinha. Pra sempre, não sei.

O "pra sempre", mesmo não tendo sua existência confirmada, não chegará, subjetivamente em nenhuma situacáo, caso o passado não seja levado em conta, o presente não seja banhado em paciência e a esperança do futuro não permaneça.

PRA SEMPRE PARE SEMPRE SEMPRE EM FRENTE

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ESPERANDO. EM PAZ. ANDO. ESPERA. ANDO. EM PAZ.

Paro o olhar em um movimento que não entendo de primeira.
E em segundos meu corpo está dentro de um compasso ritmado e lento.
Os pés seguindo as batidas em meu peito,
entoam a dança da chuva
e as lágrimas que escorrem imitam um sorriso.
Puro, amigo, guerreiro.
Os braços seguem as mãos, rumo ao céu.
Os fios de cabelo, catavento.
Rodopiando parado, meu centro.
O ar que entra, sai inteiro.
A nada me apego.
Falo em silêncio.
Meus olhos fechados,
ainda naquele movimento.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DESAPEGO

"Apaixonar-se por tudo e não apegar-se a nada"

Jean-Loius Barrault

Comentário Teti a Teti.

"Desejo que você tenha quem amar, e quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar".
E que saiba reconhecer um caminho já percorrido.Geralmente ele leva ao mesmo lugar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Concordando com Oscar.

Já vivi muito mais do que a vida me deu.
Correndo atrás dos sonhos meus.
Dos impulsos que nem eu sabia que tinha,
Bebi até a ultima gota.
Traguei até o filtro.
Respirei o último suspiro.
Não faço promessas, não faço planos.
Não meço palavras, não tomo cuidado.
Não cometo enganos.
Borboleta, metamorfose, borboletando.

E se você quiser vir nessa comigo
Deixe todo o medo pra trás.
Tem espaço pra nós dois em mim.
Mas não tenho o tempo certo pra acabar.
É certo o fim.

Quem vai dizer que não é certo.
Enquanto o certo for incerto como o céu.
Como o eu.
Como nós.
Como tudo.
Eu como.
Eu bebo.
Eu trago.
Eu respiro.
Cada impulso.
Cada pulso.
Pulsações.
“Eu resisto a tudo, menos às tentações”.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

NA LUA EM MIM.

Em um branco momentâneo,
Escrevo coisas que nunca li.
Talvez tenha visto em sonhos, em outdoors, no olhar de alguém,
Mas transcrevo em letras soltas, jogadas em um liquidificador.
Te imagino crua. Deitada entre travesseiros encharcados.
Nua em sua dor.
Não me vejo chegando em um cavalo branco pra salvar ninguém.
Estou sentada em uma lua branca, tomando uma com São Jorge.
Observando as pessoas lá embaixo a zombarem do invisível.
A contarem com a sorte.
A minha volta, um turbilhão de sensações insensíveis.
Como os segundos no relógio, batendo a cada meia-noite.
Toda hora é a virada.
Toda hora é a última.
Toda hora promete ser a primeira.
Mas nunca, nunca, nunca está sendo.
E eu penso em parar, mas não consigo.
Te imagino me imaginando, e rindo.
Sozinha, ecoando um desespero profundo e mudo.
Desço da lua, e caio em mim.
Empoeirada, um pouco rancorosa pelo abandono.
Muitas malas, pouco espaço.
Jogo fora tudo de novo.
E em um branco momentâneo.
Escrevo as coisas que nunca vivi.
Ainda.