sábado, 31 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ACERTANDO OS PONTEIROS

A insatisfação é quase uma necessidade fisiológica do ser humano, que vive em uma sociedade.
É a dificuldade de se viver no PRESENTE. Sempre um segundo atrás ou a frente.
Creio que o diagnóstico para esse problema seria:
DEFICIÊNCIA NO RELÓGIO BIOLÓGICO.
Alguém conhece um bom relojoeiro?

Também são as EXPECTATIVAS. Elas nos levam a comparar o presente com o passado e a menosprezá-lo em relação ao futuro.
As EXPECTATIVAS estão diretamente associadas com as frustrações. Sempre que esperamos algo, estamos sujeitos a esse algo e por consequência, sem controle de nós mesmos.
E ai os SENTIDOS. Ahhh esses sentidos, sempre prontos pra degustar na nossa vunerabilidade... abocanham nossos sentimentos, nos deixando sozinhos no desejo já esquecido.
E os DESEJOS. Começamos querendo uma coisa que nem precisamos tanto e nos vemos precisando mais da necessidade de ter a coisa, do que da coisa em si.
E quando a temos, não a queremos mais.
Enfim, não digo que essa INSATISFAÇÃO seja de toda má.
É aquela coisa, não é por mal, mas também não é por bem.
Tudo é impulso.
Destrinchado, analisado. Seus vetores, caminhos e forças.
O impulso cego cega mais ainda.
O impulso sábio comanda a visão do futuro, simplesmente estando no PRESENTE.

O IMPULSO que convence o DESEJO a controlar os SENTIDOS a não fomentar EXPECTATIVAS conserta o RELOGIO BIOLÓGICO.

Ótimo relojoeiro esse, assim que tiver o endereço, eu passo pra frente.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

The end.

Por um impulso, você solta a corda.
E o colar de toda a história se desmantela.
Gota por gota,
Pedra por pedra,
fecho por fecho.
E a dor da perda se perde em desespero.
Uma dor aguda de não poder voltar.
O fim.
E nenhuma promessa adiantará.
A vida é frágil.
E como um colar de contas.
Não conta mais.

fome

PREFIRO O PESO NA CONSCIÊNCIA DO QUE O VAZIO NO ESTÔMAGO.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESPELHO ESPELHO MEU

Espelho invisível que só eu vejo e em um lampejo me relembra quem sou.
Horas traz alivio, horas traz dor.
Confrontando os lados que em meu circulo há.
Só faz girar, girar, girar, girar.

Me encara espelho.
Fala na cara, me diz a verdade que eu não quero escutar.
Fala que é tarde pra nascer de novo,
mas que nunca é cedo pra deixar de tentar.

Abre a porta, deixa entrar a luz.
Eu fecho os olhos, mas ela me conduz.
Pra onde o claro não foge do escuro.
O simples não é absurdo
e todo mundo sabe amar.

Espelho invisível que me surpreende,
vira e mexe, me tenta e me entende
que eu sou mais do que fui.
E menos do que serei.
Sou água limpa que flui
no mesmo rio em que congelei.

Quem é você espelho?
Se não um enviado de Deus.
Se coloque no seu lugar
e me faça ver o meu.

Somos um, somos dois, jamais três.
Fica comigo espelho,
e quando eu desistir,
tente outra vez.