quinta-feira, 26 de junho de 2008

FELIZ POR MINUTO

Quando acho que estou em pedaços.
Só porque vejo cacos no chão.
Quem disse que são meus?

E quando nada parece certo.
Vem o amanhã
cheio de promessas.
Um dia após o outro.
Eu não me preocupo.
Ontem escutei
que Deus está no meu futuro.

Eu vou ser feliz por minuto.
Não me preocupar com a vida inteira
Quem sabe do amanhã?
Sempre existe outra maneira.

Vou me fazer digna dos grandes desafios.
Vou olhar nos olhos da morte
e ainda assim, vou fazer amigos.

E se eu quebrar
eu nunca, nunca serei os cacos no chão.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

ARE YOU AWAKE?

Quando o assunto é um coração ferido e um relacionamento rompido, o instinto imediato de sobrevivência é o de perdoar. Afinal, ninguém quer sofrer de amor. Ninguém quer sentir o vazio da falta.
Quando um relacionamento acaba e parece que o mundo saiu dos seus pés, a única coisa que você quer, é que a dor passe. Uma dor que chega a ser física. Seu peito pesa e arde, seus olhos doloridos, o estômago contraído. Aquela dor profunda de a todo instante se sentir sozinha. De custar para conseguir dormir, e quando acordar, depois de dois segundos se sentindo bem, ter o mundo tirado dos pés novamente, quando se lembra de que, acabou.

É difícil ter que refazer os planos, ter que encontrar novas companhias, pensar em estar com outra pessoa. Acreditar que a dor vai passar. Por mais que, no fundo, todo mundo sabe que tudo passa, na hora, parece que não passará jamais. Naquele momento, tudo o que queremos, é aquele conforto de volta. É ter de volta o passado, mesmo sabendo que ele não estava legal. Aliás, estava péssimo.

Mas, quando o coração se quebra, você se esquece das brigas, das traições, do comodismo, do sexo morno, do silêncio no carro. Você se lembra de que nasceu sozinho e de que, agora está sozinho novamente. E isso, pra muitas pessoas, é uma lembrança de que, vamos morrer sozinhos. E a sensação de que a morte está próxima. Então, nada melhor do que perdoar logo essa coisa, e voltar. Voltar pra onde? Voltar por medo de perder é apenas adiar o fim. Ninguém muda por medo. O medo não move ninguém. Apenas a força de vontade, a consciência real dos fatos, dos erros, e do amor. Existe ainda? O suficiente para mudar o rumo das coisas? Não é tão fácil como nos filmes.

A dor do hoje não se compara com a dor do amanhã, caso você deixe ser levada pelo medo de perder. É um desgaste contínuo, quebrado, ritmado.

É difícil segurar a vontade de ligar correndo, de inventar alguma desculpa pra pedir alguma coisa de volta. De andar nos mesmos lugares pra um encotnro casual. Desculpas para voltar pra um lugar que nem sempre ainda é aquele de antes. Nem sempre é o melhor.
É difícil se desapegar do tempo. Do costume. É difícil parar para pensar racionalmente quando seu peito está sangrando.
Mas é necessário. Parar, respirar, sentir a dor, entendê-la. Dissociar o desespero, do amor. Um vaso quebrado pode ser pra sempre um vaso quebrado. Mas não há nada que a consciência dos erros e o perdão motivado pela sabedoria e não pelo medo, não resolva.

Muitas vezes perder, é ganhar. Deixar ir é abrir espaço pra felicidade. Confiar nos seus ideais, na sua intuição, ter fé nos remédios do tempo e da vida, ver o outro como espelho, tudo isso é construir uma base sólida pra pessoa mais importante da sua vida: Você!
Não viver por medo, é viver acordado. E como diz o velho ditado, antes só, do que mal acompanhado.

Você está acordado?

quinta-feira, 12 de junho de 2008

f a t o

Insisto em ser.
Estou.

ETERNO SEGUNDO

Tudo se desenvolve tão disfarçadamente
que eu posso até fingir não ver
fechar os olhos
paralizar a mente
quem sente
quem pensa
quem age
quem se esforça
quando tudo parece não ter movimento

um segundo
uma gota
uma folha que cai
um piscar de olhos
um pensamento inteiro

Reflexões sucessivas
de quem busca não pensar em nada

Disfarça a necessidade
pra parede
mãos pra cima
de joelhos
implorando um lampejo de sanidade

Danço
parada em meu pensamento
e no balanço do vestido
novamente adormeço.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

GETTING OLD OR GETTING BETTER

Sim, o tempo está passando e de uma semana pra cá eu tenho sentido isso de forma quase carnal.
Sério. Descobri até uma linha diferente embaixo dos meus olhos, muito suspeita. Enfim.
Acho que esse meu susto com o tempo se deve a velocidade que ele passa ultimamente. A segunda-feira emenda na sexta, que emenda na segunda.

São apenas 24 anos. Alguns mais bem vividos que outros.
Entre um momento e outro em que fico "p" da vida com o tempo, eu reparo mudanças importantes em mim. Não físicas, essas são inevitáveis e necessárias. São mudanças sutis. Comportamentos, entendimentos, gestos, paciência.

Vejo uma pessoa mais clara e, nem por isso, óbvia.
Sonhos cada dia mais reais, com menos expectativas e, nem por isso com menos garra.
Preparada para possíveis desvios.

Com menos preconceitos, menos intolerância, e nem por isso menos erros.

Coisas que só com o tempo a gente aprende... e desaprende.

É um dia tranquilo, hoje, meu aniversário.

Estou feliz por perceber que o tempo não me atropelou. Que eu não estou parada enquanto ele passa.

Eu estou em movimento constante, pra dentro e pra fora.

É como respirar. O tempo passa, a gente inspira, mais um segundo, a gente expira.
É natural, é necessário.
E a cada respiração, a cada tic- tac, alguma coisa acontece no mundo. E alguma coisa acontece em mim. Por mínima que seja.

E quando eu fecho os olhos e esvazio a minha mente, vejo a imensidão aqui dentro. Esperando para ser decorada com o que eu aprendo na vida e nos sonhos, nas atitudes, com Deus.

Ainda tenho tempo, mesmo que ele acabe amanhã. Sempre há tempo de crescer.

Parabéns pra mim!
Sáude pro corpo, paz pra alma, criatividade pra mente e amor pro coração!
//OM//

terça-feira, 3 de junho de 2008

SAUDADE

A Saudade é o que sustenta a lembrança.
Se não temos saudade, é porque não lembramos.
Se não nos lembramos, é porque não tem importância.

Sentir saudade é dar importância.
Eu sinto.