segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESPELHO ESPELHO MEU

Espelho invisível que só eu vejo e em um lampejo me relembra quem sou.
Horas traz alivio, horas traz dor.
Confrontando os lados que em meu circulo há.
Só faz girar, girar, girar, girar.

Me encara espelho.
Fala na cara, me diz a verdade que eu não quero escutar.
Fala que é tarde pra nascer de novo,
mas que nunca é cedo pra deixar de tentar.

Abre a porta, deixa entrar a luz.
Eu fecho os olhos, mas ela me conduz.
Pra onde o claro não foge do escuro.
O simples não é absurdo
e todo mundo sabe amar.

Espelho invisível que me surpreende,
vira e mexe, me tenta e me entende
que eu sou mais do que fui.
E menos do que serei.
Sou água limpa que flui
no mesmo rio em que congelei.

Quem é você espelho?
Se não um enviado de Deus.
Se coloque no seu lugar
e me faça ver o meu.

Somos um, somos dois, jamais três.
Fica comigo espelho,
e quando eu desistir,
tente outra vez.

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