sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Xeque-mate, cale-se mente.

Toco o que está na minha frente.
Mas não seguro apenas o que cabe em minhas mãos.
O que carrego pulsa, se expandindo em todas as direções.
A cada passo acelera a batida.
A cada batida acelero o passo.
Compasso ritmado pelo toque.
Toco tudo, não troco nada.
Não quero troco.
Não espero nada.
Apenas pulso,
movimentando o avulso.
Solta em uma turbulência de pensamentos.
Pensando em uma turbulência de coisas e acasos.
Caso o que me faz bem a vista, o feio descaso.
Não quero descartes, mas tenho cartas a mais.
Não peço truco, meia não me satisfaz.
Insossa insatisfação,
que excita, expulsa, atrai toda ilusão.
Xeque-mate pro pensamento,
uma hora a morte vem.
E no silêncio dos arrependimentos,
não me arrependo de nada que me faça bem.
Sou assim mesmo.
Instintos,sentidos, sentindo o além.
Assim seja, amém.

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