quinta-feira, 10 de junho de 2010

RESPOSTA A UMA DECLARAÇÃO INUSITADA

O que o coração quer dizer
nenhuma boca consegue calar.
E pensando bem,
é melhor não pensar.
Os dedos desenham no corpo
o que a mão queria agarrar;
O beijo, o jeito, o arrepio.
o silêncio escondido no dito,
O sonho no desafio.
O fio de cabelo escondido,
Que só o tempo vai mostrar.

A boca se fez refém da alma
E por um segundo descalça cantou.
Mais belo que um pensamento sincero
é ver ele no verbo, desenhado em vapor.

Não fique vermelho,
mas que ele seja a cor,
que vai pintar todos os medos,
que vai espantar toda e qualquer dor.

O que a boca falou,
meu coração escutou.
O choro se disfarçou de riso
Eu juro,
Porque o coração disparou.
Vou dar valor ao que sinto
e que seja espelho do seu amor
Quero você no meu caminho,
seja como for.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Era uma vez um Amontoado de mim.

Era uma vez, em que sentir era o bastante.
Agora é preciso pensar adiante.
Muitas vezes pesar.
E no empírico desta balança,a gente rouba.
Pro que mais nos exaltar.

E se eu parar o mundo
que gira aqui dentro
e por um segundo
sentir o momento.
Sem pressa, sem objetivo algum.

Nao é perda de tempo
estar no presente,
não fazer planos ausentes,
Se só o que existe é o agora.

Era uma vez, em que bastava sentir...
E a vida corria solta
de pés descalços no jardim.
Era fácil sorrir.
Não havia intervalo.
Era tudo sensato.
Um amontoado de mim.

quarta-feira, 17 de março de 2010

SONO DIURNO

Morando na casa ao lado,
Se encontra Morfeu.
Me evita a noite inteira
Mas de dia vem dizer que é meu?

terça-feira, 16 de março de 2010

Vai que...

As vezes pior do que estar no lugar errado, na hora errada, é estar no lugar errado, na hora certa.

Evaporando...

Quando o calor acaba e o frio vem, não há lembrança que aqueça o que não mais se tem.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Prisioneira de mim.

Solto.
Gotejo pouco a pouco até encher o copo.
E mesmo assim, continua meio vazio.
Frio.
Meio diário, meio livro.
Prendo.
Seguro até arder aqui dentro.
E mesmo assim, continuo sem ar.
Quente.
Meio sã, meio doente.
A prender e a soltar.